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sexta-feira, 4 de julho de 2014

Marco Civil da Internet::Neutralidade

Muitos usuários do ciberespaço ainda não se deram conta que desde o dia 23/06/2014 entrou em vigor o Marco Civil da Internet, uma espécie de constituição para este meio, que determina os direitos e os deveres das empresas prestadoras de serviços e também dos internautas.



O Marco Civil da Internet se apoia em três conceitos-chave:
  • a neutralidade, 
  • a privacidade e 
  • a liberdade de expressão. 
Aqui falamos em particular da neutralidade.

A neutralidade é o princípio de que todos os dados devem ser tratados da mesma maneira, ou seja, assegura que o internauta pode acessar qualquer tipo de serviço disponível e que os diferentes tipos de dados envolvidos devem ser tratados igualmente. Isto significa a proibição de que formatos ou conteúdos específicos sejam privilegiados na transmissão.

Assim, o envio de e-mail não pode ter custo diferente do tráfego de vídeo ou dados corporativos, de modo que um usuário comum tenha os mesmos direitos de empresas com maior poder econômico.

Embora as empresas provedoras possam continuar a oferecer velocidades diferentes de acesso, isso torna proibida a venda de pacotes com limitações de serviço, como acesso apenas a e-mail ou redes sociais. Reduções de velocidade durante o uso de serviços pesados, o traffic shaping, também não serão aceitas.

O que se deseja é que a internet seja usada como a rede elétrica: pode existir uma diferenciação da demanda, por exemplo, residencial ou industrial; mas não interessa e nem pode haver restrição para a forma de seu consumo, ou seja, se a energia elétrica é usada para um ventilador ou para operação de uma máquina. Com isso se impede que a internet passa a funcionar como a TV por assinatura, onde o usuário precisa pagar por conteúdos diferenciados (como canais esportivos ou de filmes).

Como o marco civil contém pontos polêmicos e sua regulamentação não está completa, vale a pena refletir e acompanhar essa discussão!

Para Saber Mais

terça-feira, 1 de julho de 2014

Big Data

O uso cada vez maior de computadores e dispositivos digitais, associado ao crescimento da internet e de sua capacidade de transmissão de dados, tornou a produção de informações abundante, em quantidade e velocidade incríveis.
Fonte: http://thumbnails-visually.netdna-ssl.com/big-data_50291c3b16257_w1500.jpg
São páginas na internet; registros de compras com cartões de débito e crédito; transações financeiras; e-mails; postagens em redes sociais; uploads de fotos, músicas e vídeos; torpedos; além de muitos outros conteúdos armazenados em bancos de dados.

Além da tendência para criação de coleções de dados cada vez maiores, a análise e correlação destas grandes massas de registros agrega ainda mais informações derivadas de outros conjuntos. Por exemplo, as fotos salvas num serviço da internet por uma pessoa são um conjunto de dados primário, ao qual podem ser acrescidos comentários e informações de localização. Ao divulgar estas fotos para outros usuários, novas informações podem ser agregadas ao efetuar-se a correlação destas imagens com aquelas compartilhadas pelos demais, o que pode expandir, e muito, o tamanho do conjunto de dados iniciais. Este processo pode ser expandido para outros grupos, resultando em muito mais dados produzidos do que as fotos originais.

Big Data é o termo usado para definir estas coleções gigantescas de dados e as novas técnicas exigidas para seu processamento, pois os modelos tradicionais, além de muito demorados, não são capazes de produzir os resultados desejados.

No Big Data existem alguns aspectos considerados fundamentais, chamados de 4V ou 5V (quatro ou cinco "vês") conforme o autor:
  • Volume
    Capacidade de trabalhar com grandes volumes de dados gerados a partir de múltiplos dispositivos; obtidos de diversos bancos de dados ou oriundos das mídias sociais.
  • Variedade
    Devido a multiplicidade de origens, existem muitos formatos de dados: bancos de dados tradicionais, arquivos de texto, e-mail, imagens, áudio, vídeo e muitos outros formatos. Algumas estimativas apontam que 80-85% dos dados de uma organização não é numérico.
  • Velocidade
    Significa a rapidez tanto da produção dos dados, como da necessidade de seu tratamento para atender as demandas. A explosão do uso de dispositivos móveis integrados a internet, além de etiquetas de RFID e grande disseminação dos computadores estão impulsionando a necessidade crescente de lidar com fluxos de dados em tempo quase real.
  • Veracidade
    Representa a confiabilidade dos dados, pois não adianta dispor de dados em volume e possuir velocidade para seu processamento se as informações não forem corretas.
  • Valor
    É o benefício que pode ser obtido do investimento neste tipo de tecnologia.


Os desafios do Big Data incluem capturar, classificar, armazenar, pesquisar, compartilhar e, principalmente, analisar dados, permitindo sua visualização. As aplicações são igualmente grandes: finanças, negócios, saúde, segurança, transportes, telecomunicações e muitas outras.
Fonte: http://oglobo.globo.com/infograficos/bigdata/bigdata.jpg

Para Saber Mais